Por Felipe Gasparete
Pesquisas recentes apontam que os principais motivos que levam um indivíduo a utilizar drogas são: curiosidade, influência de amigos (mais comum), vontade, desejo de fuga (principalmente de problemas familiares), coragem (para tomar uma atitude que sem o uso de tais substâncias não tomaria), dificuldade em enfrentar e/ou agüentar situações difíceis, entre outros.
Nosso corpo necessita de sensações que nos levam ao prazer, nosso cérebro é quem comanda esta dependência através dos neurotransmissores, como explica a psiquiatra Roberta Reis. “O consumo de alguns alimentos, como chocolate e café, estimulam a produção de serotonina, que é um neurotransmissor cerebral responsável pela sensação de prazer e felicidade. Para se ter uma idéia, devido aos efeitos benéficos, estes alimentos são muito consumidos e, dependendo da freqüência de consumo, podem chegar até a viciar uma pessoa sensível.”
Até aí tudo bem. O problema começa quando surgem substâncias perigosas: as drogas. Elas possuem praticamente o mesmo princípio ativo de alguns alimentos, como por exemplo, o chocolate, que tem Anandamida, um tipo de gordura que ativa os mesmos receptores químicos cerebrais envolvidos no consumo da maconha.
“Essa substancia é um análogo do princípio ativo da erva, e possui funções no sistema nervoso e no sistema imune (defesa do organismo). Este tipo de substância age no mecanismo do cérebro para nos fazer cair na armadilha dos entorpecentes”, diz Roberta. Daí para frente todas as fontes de prazer deixam de ter a mesma importância e só o consumo do entorpecente passa a ser agradável, ou seja, as substâncias químicas encontradas nas drogas além de serem prejudiciais nos dão prazer, imitando as moléculas que nosso cérebro precisa.
Ainda segundo a psiquiatra, os jovens são considerados o grupo que mais entram para o mundo das drogas, pois estão em fase de descobrimento da sua identidade e por tal motivo, são mais sucessíveis a influências externas. Um alerta para os pais.
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